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Sento Sé, BA, terá a 1ª indústria de processamento de cebola do Norte e Nordeste

EBDA e Cooperativa assinam convênio para implantação de industria de processamento de cebola

Ascom/Seagri

 

Secretário, dirigentes da Cooperativa e autoridades municipais de Sento Sé posam no local de construção da 1ª industria de processamento de cebola

Secretário, dirigentes da Cooperativa e autoridades municipais de Sento Sé posam no local de construção da 1ª industria de processamento de cebola

O município de Sento Sé, na região do Vale do São Francisco, terá a primeira indústria de processamento de cebola do Norte e Nordeste, agregando valor à produção, criando novos postos de trabalho e gerando renda e riquezas. Com este objetivo, o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, assinou com a Cooperativa dos Produtores de Cebola de Sento Sé e com a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, (EBDA), convênio de cooperação técnica e financeira para a implantação da Indústria de Processamento de Cebolas, que vai produzir pasta, cebola picada e em conserva. A unidade será construída em terreno de dois mil metros quadrados doado pela prefeitura Municipal de Sento Sé à cooperativa. A Seagri, que recebeu de volta este mês a Coordenação de Agroindústria, está dando importantes passos no processo de industrialização da região de Sento Sé e do Vale do São Francisco.

De acordo com o secretário Eduardo Salles, a Bahia é o segundo maior produtor nacional de cebola, perdendo apenas para Santa Catarina. “Cerca de 80% da nossa produção está concentrada em cinco municípios da região do São Francisco. Somos grandes produtores e não tínhamos até agora uma indústria de processamento. Mas agora, estamos mudando esta realidade com a implantação desta indústria, que terá gerenciamento profissionalizado e vai impulsionar o desenvolvimento do município”.

“Estamos realizando um sonho”, disse o presidente da Cooperativa de Produtores, Arionaldo de Oliveira Lima, destacando que “este avanço é fruto de muito trabalho e da parceria com o governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura”. Ele destacou que Sento Sé já foi o maior produtor de cebola do Estado, superado hoje pelo município de Casa Nova, “mas agora, com a implantação da indústria de processamento nós vamos ampliar nosso quadro de associados, aumentar a produção, voltando a assumir a liderança”.
Cidadão do município, o superintendente de Política do Agronegócio da Seagri, Jairo Vaz, afirmou que “este é o início de uma era diferente para Sento Sé”. Para ele, tão importante quanto a implantação da indústria, a formação da cooperativa é um fato marcante e de grande importância, “porque a cooperativa é um instrumento fundamental para a organização da produção e para agregar valor ao produto.

Já o presidente da Câmara de Vereadores, Hipólito Fernando, a indústria vem trazer segurança e tranqüilidade aos pequenos produtores porque “isso significa também a abertura de novos campos para negócios, maiores lucros e geração de emprego e renda para o nosso município.

Emerson Leal, presidente da EBDA, destacou a importância e o grande ganho para a agropecuária do Estado da devolução à Seagri da Coordenação de Agroindústria, que estava desde 1991 na Secretaria de Indústria de Comércio. “A verticalização das culturas, com a implantação de indústrias, é vital para o crescimento do Estado, da Economia, para a geração de emprego e renda e para a melhoria da qualidade de vida da população rural”, disse Leal, enfatizando que “esta é uma das prioridades do governo do Estado através da Seagri, que está nesse momento empenhada, com as 20 câmaras setoriais criadas há dois meses, na elaboração do Planejamento Estratégico para a Agropecuária da Bahia nos próximos 20 anos.

Representando o prefeito Ednaldo Santos Barros, o secretário da Agricultura de Sento Sé, Catarino Reis, destacou que a indústria de processamento será um caminho para o escoamento da produção do município e região, além de proporcionar tranqüilidade ao produtor para intensificar a ampliar a área plantada. “Hoje nós sofremos com o excesso de oferta, que faz o preço cair, e muitas vezes a produção fica na roça e se perde. Mas agora vamos agregar valor e fazer com que os produtores tenha mais tecnologia no plantio”.

CEBOLA
A unidade industrial de processamento de cebolas vai produzir pasta de cebola com e sem sal e terá capacidade inicial para processamento de 4 toneladas por dia de cebola. Conforme explicou o secretário Eduardo Salles, a instalação da indústria se justifica, não só porque será o primeiro empreendimento dessa natureza na região nordeste, mas porque criará uma nova oportunidade agroindustrial no Estado da Bahia, visando o desenvolvimento econômico e social da região.

O Vale do São Francisco compõe o principal pólo de produção de cebola do Norte/Nordeste, sendo Casa Nova o maior município produtor na Bahia e 2º no ranking nacional com mais de 3,6 mil hectares plantados, ou seja, 34% da área de cebola do Estado.

No período de baixa do lago de Sobradinho, as terras localizadas as margens do lago tornam-se áreas com características favoráveis para este cultivo, pois cada metro que o rio baixa, uma faixa de terra de um quilômetro fica disponível para o cultivo desta olerácea.

Nessa região, somente o município de Sento Sé possui a maior costa do lago de Sobradinho, abrangendo algo em torno 200 km de margem, evidenciando a potencialidade de crescimento da cebolicultura. O potencial que a região apresenta justifica a implantação de uma moderna unidade de beneficiamento de cebola para transformar a atividade de pós-colheita em fonte de geração de emprego e renda.

CMN autoriza renegociação de dívidas de produtores rurais de nove municípios pernambucanos e baiano

Agência Brasil Publicação:25/08/2010 19:33

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou nesta quarta-feira (25/8) a renegociação das dívidas dos produtores de hortaliças e frutas de nove municípios de Pernambuco e da Bahia localizados no Vale do São Francisco. De acordo com o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, essa produção é voltado às exportações e foi afetada fortemente pela crise mundial, a partir do final de 2008. Os produtores e as cooperativas dos municípios de Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria de Boa Vista e Orocó, em Pernambuco, e de Juazeiro, Casa Nova, Sobradinho, Curaçá e Sento Sé, na Bahia, que demonstrarem incapacidade de pagamento de suas dívidas atuais nos prazos pré-fixados poderão renegociá-las por meio da contratação de uma novo crédito, com novos vencimentos diluídos em até 12 anos. Os recursos para isso virão do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e não poderão ultrapassar R$ 450 milhões. As operações atuais devem ter sido contratadas com recursos do FNE entre 15 de janeiro de 2001 e 31 de dezembro de 2009. O produtor deve procurar a instituição financeira até 31 de dezembro deste ano. Bittencourt disse que a medida deve beneficiar cerca de 4,5 mil hortifruticultores da região. Em outra decisão, o CMN aprovou a criação de uma linha especial de crédito de comercialização, com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para financiar os custos de cafeicultores com prêmios e outras taxas em contratos de opção ou de venda futura. Para isso serão disponibilizados R$ 50 milhões que poderão financiar até 100% do valor exigido em bolsas de mercadorias para fazer a operação, com limite de R$ 80 mil por produtor e, no caso das cooperativas, a R$ 40 mil multiplicado pelo número de cooperados. Os cafeicultores interessados devem contratar a nova linha até 1º de dezembro deste ano. O prazo de pagamento coincide com o vencimento da operação de mercado futuro ou de opções, limitado a 360 dias a partir da contratação, com taxa de juros de 6,75% ao ano. A intenção, segundo Bittencourt, é aproveitar os bons preços do café no mercado atual para sustentar os preços no futuro, distribuindo melhor a oferta.